Você certamente já ouviu falar em selênio, mas sabe o que significa e para que serve? Trata-se de um mineral bastante relevante para a nossa saúde, que está presente em alimentos como castanha do pará e salmão.
Um novo estudo, publicado no periódico científico de nutrição Nutrients, mostrou que esse mineral tem ação importante na prevenção de doenças crônicas. Os cientistas encontraram relação entre a deficiência de selênio e uma piora nas condições das células de defesa do organismo, num fenômeno chamado de estresse oxidativo.
Isso acontece quando o nosso corpo não tem antioxidantes suficientes para combater os radicais livres, que são espécies de resíduos das reações celulares. Na verdade, são átomos que roubam elétrons.
Se não forem neutralizados – e isso ocorre com as substâncias como o selênio -, podem provocar sérios danos ao nosso organismo. Normalmente, e em condições de saúde adequadas, o nosso corpo dá conta de combatê-los. O estresse oxidativo é associado a mais de 200 tipos de doenças, pois estão ligados a
inflamações, alterações no funcionamento das células e envelhecimento. Entre elas, hipertensão, dislipidemia e aterosclerose.
Pessoas que fumam, consomem bebidas alcoólicas regularmente e que vivem sob muito estresse acabam produzindo uma maior quantidade de radicais livres, tendo uma necessidade maior de consumir nutrientes antioxidantes.
E o selênio é considerado também um poderoso antioxidante que ajuda a reduzir esses radicais livres.
Agora, o estudo publicado no Nutrients é mais um reforço de que a deficiência do mineral pode estar relacionada com o surgimento de doenças como o câncer e o diabetes.
A pesquisa mostrou evidências também de que a falta do nutriente possa afetar a fertilidade, tanto em homens quanto em mulheres.
Porém, por mais que a pesquisa mostre que existe uma relação entre o selênio e a prevenção de doenças crônicas, ainda faltam mais estudos para elucidar seus efeitos.
Mas enquanto aguardamos as boas novas da ciência, fato é que o selênio é um aliado da saúde e diversos alimentos-fonte desse nutriente são opções nutritivas para a alimentação diária. Veja alguns exemplos a seguir e aposte no selênio nas suas próximas refeições e lanches:
Maior reservatório
A tireoide é o órgão que mais armazena selênio no organismo, pois ele é essencial para manter uma boa produção dos seus hormônios, segundo a nutricionista Tatiana Zanin.
A deficiência de selênio pode levar a problemas como a tireoidite de Hashimoto, um tipo de hipotireoidismo que ocorre porque as células de defesa passam a atacar a tireoide, reduzindo o seu funcionamento.
Excesso do nutriente também é prejudicial
A quantidade de selênio pode ser medida por meio de exame de sangue solicitado por seu médico. Caso esteja abaixo do recomendado, normalmente a pessoa é orientada a consumir alimentos que são ricos no mineral, o que costuma ser associado a uma suplementação.
Mas, atenção, apenas os profissionais de saúde, como médicos e nutricionistas, podem dizer se tomar suplementos à base de selênio são indicados. Isso porque, assim como a deficiência do mineral é prejudicial à saúde, o excesso de selênio também faz mal: pode causar problemas graves como falta de ar, febre, náuseas e mau funcionamento de órgãos como fígado, rins e coração. Quantidades muito elevadas podem, inclusive, levar à morte.
De acordo com o estudo citado, cereais e grãos são os alimentos que mais contribuem (46,5%) para a ingestão de Se, enquanto os alimentos de origem animal estão na segunda posição.
Peixes representaram 16,7%, carnes e derivados 14,9%, leite e derivados 7,2% e ovos 5%. Todos esses grupos forneceram mais de 85% da ingestão de Se. Finalmente, refeições prontas, vegetais, leguminosas, frutas, açúcares, doces e bebidas não alcoólicas contribuíram para uma pequena parte da ingestão alimentar de Se.
Geralmente, as concentrações de Se nos diferentes alimentos seguiram esta ordem decrescente: alimentos de origem animal – vegetais – cereais – frutas. Além disso, o conteúdo de Se nos alimentos depende em grande parte do conteúdo de Se no solo onde as plantas e os animais crescem.
Leia o estudo na íntegra neste link:
Food Sources of Selenium and Its Relationship with Chronic Diseases. Nutrients, 2021.
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