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Tem o hábito de acordar de madrugada para comer? Atenção à síndrome do comer noturno

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Mais que um ato gostoso de transgressão, atacar a geladeira no meio da noite pode ser indicativo de algum transtorno alimentar. A chamada síndrome do comer noturno é uma conduta atípica que pode levar a problemas maiores, causando impacto na vida social do indivíduo, além de poder levar ao sobrepeso e à obesidade. Especialistas alertam que não há nada contra se alimentar à noite, desde que seja uma refeição saudável e consumida com atenção, respeito à fome e à saciedade.

Para o diagnóstico do distúrbio, algumas características mais específicas devem ser anotadas, dentre elas, o aumento da necessidade de ingestão de alimentos no final da tarde e à noite, antes do período principal de sono e com despertares noturnos para comer. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), é preciso acionar o alerta quando 25% da ingestão calórica diária ocorre depois do lanche da tarde. Ou quando os episódios do comer noturno ocorrem ao menos duas vezes por semana.

Além desses aspectos, segundo a Abeso, alguns outros fatores estão presentes no desenrolar deste transtorno: a falta de apetite pela manhã e/ ou omissão do desjejum em quatro dias da semana; a forte urgência para comer entre o jantar e a hora de dormir e/ou durante a noite; insônia ou despertares noturnos frequentes em pelo menos quatro noites por semana; acreditar que não conseguirá voltar a dormir se não comer; humor deprimido/tristeza ou mau humor matinal. A presença de três ou mais dessas ocorrências pode indicar a necessidade de ajuda profissional.

Distúrbio pode ser associado ao sono

A síndrome do comer noturno pode ter explicações ligadas ao metabolismo e ao ritmo circadiano, que é o relógio interno do organismo do indivíduo. Porém, há pessoas, chamadas de vespertinas, que são mais ativas no período noturno. “Nessas pessoas, o organismo entende que a hora de maior funcionamento seria à noite. Por causa disso, têm pouca fome de manhã e mais apetite à noite”, afirmou a médica e pesquisadora do Instituto do Sono Dalva Poyares à Agência Brasil.

O transtorno pode também estar relacionado a algum distúrbio do sono. Para fazer a identificação correta, os médicos investigam se o paciente se lembra, ou não, de ter despertado para comer. A amnésia total ou parcial do fato é um indicativo de distúrbio alimentar associado ao sono, que pode ser desencadeado por medicamentos hipnóticos ou por parassonia, que é um comportamento semelhante ao sonambulismo. Na síndrome do comer noturno, o paciente tem consciência do que ingeriu e memória dos eventos no dia seguinte.

Segundo a médica, o distúrbio alimentar associado ao sono acomete pessoas com propensão a ter parassonia e se caracteriza por despertares noturnos acompanhados de comportamento exclusivamente relacionado à mastigação e à deglutição de alimentos ou substâncias. No dia seguinte, a pessoa não tem memória do fato ou apresenta apenas alguns fragmentos de lembrança.

“Quem tem esse distúrbio de sono tende a comer alimentos não usuais ou misturar alimentos que não combinam e que nunca consumiriam, se estivessem conscientes, podendo acordar nauseado ou se sentindo mal”, explicou Dalva Poyares.

Ela disse que medicamentos hipnóticos usados para combater a insônia também podem desencadear o distúrbio de sono em qualquer pessoa. Ao ingerir o medicamento, em vez de dormir, a pessoa tem comportamento de sonambulismo.

“Uma das coisas que acontecem é a pessoa comer e não lembrar. Nesse momento ela corre riscos associados à ingestão de substâncias tóxicas, coisas que estão na geladeira e não estão muito boas, misturar alimentos que não combinam, ou mesmo ter lesões por cozinhar ou preparar alimentos durante a madrugada, ou acordar se sentindo mal”, afirmou.

De acordo com a pesquisadora, há tratamentos disponíveis para os distúrbios de sono. Se o comportamento persistir, é preciso procurar ajuda profissional. “É preciso investigar as causas da superficialidade do sono e os motivos que fazem o sono ficar fragmentado para tratar. Se não se encontrar nada, é sinal de sonambulismo, que é outro tratamento.”

A médica alerta que essa situação pode ser perigosa e recomenda que se tomem medidas de segurança como retirar objetos perfurocortantes do ambiente, dificultar o acesso à geladeira, além de fazer o tratamento para sanar tais distúrbios.

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