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Hábito de beliscar comida repetidamente pode fazer mal e tem nome: grazing

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Que jogue a primeira pedra quem nunca se pegou beliscando alguma comidinha fora de hora. Um biscoitinho aqui, um pedaço de queijo acolá, um docinho mais pra frente para amaciar o paladar. Mas saiba que este hábito, quando passa a se repetir de modo contínuo, pode fazer mal e tem até nome: grazing.

Especialistas afirmam que identificar este comportamento é importante na prevenção de transtornos associados a problemas psicológicos e alimentares. Uma pesquisa da USP se aprofundou sobre o tema, ainda pouco estudado no Brasil. Uma das conclusões é que a ansiedade, a dificuldade de perder peso e o estresse colaboram para o costume.

Segundo a psicóloga Marília Consolini Teodoro explicou ao Jornal da USP, o grazing pode ser dividido em dois grupos: o repetitivo, que ocorre de forma contínua, porém mais leve, menos prejudicial e menos associado à perda de controle; e o compulsivo, mais associado à perda de controle e a sintomas psicológicos.

A especialista conduziu, sob orientação da professora Carmem Beatriz Neufeld, o estudo de doutorado “Comportamentos alimentares nos contextos comunitário e de sobrepeso e obesidade: compreensão e avaliação do Grazing”. E concluiu que o estresse, a ansiedade e a dificuldade de perder peso colaboram para uma variação do grazing compulsivo.

Grazing e a saúde mental

De acordo com informações do portal da universidade paulista, o trabalho colocou como hipótese que o grazing funciona como um mecanismo de regulação emocional para o alívio de ansiedade, por exemplo. Segundo o site, outros estudos já associaram o comportamento, principalmente, com a obesidade e outros tipos de transtornos alimentares e sintomas depressivos e ansiosos.

“O peso está extremamente relacionado com condições psicológicas, assim como condições comportamentais, como é o caso desse comportamento em específico”, afirmou Marília Consolini ao Jornal da USP. Ela desenvolveu seu estudo com uma amostra comunitária de 542 pessoas – a maioria em nível de peso considerado normal -, e uma amostra clínica de 281 pessoas com algum nível de obesidade.

Ao longo da pesquisa, as amostras foram comparadas para “entender também se havia alguma diferença na manifestação desse comportamento”. Marília conta que, na amostra clínica, o grazing foi mais prejudicial, mas também se manifestou de forma significativa na comunitária, o que indica “a relevância desse comportamento no Brasil”.

Pesquisa sobre o grazing

O trabalho de doutorado utilizou uma ferramenta chamada Repeat Questionary (Rep(eat)-Q), que investiga a relação do grazing com o Índice de Massa Corporal (IMC) e a psicopatologia. As questões foram adaptadas para a população brasileira e culminou no Questionário de Belisco Contínuo. Foi aplicado também um questionário sociodemográfico e um questionário de avaliação de sintomas ansiosos, depressivos e de estresse.

Segundo a professora Carmem Neufeld, que orientou o trabalho, “em um primeiro momento, (o grazing) não é necessariamente um comportamento problemático ou associado a uma psicopatologia”. Mas ela explica que ele pode gerar desdobramentos associados a “uma maior probabilidade de desenvolvimento de uma psicopatologia, de uma patologia do comportamento alimentar”.

Por isso, ela ressalta a importância da identificação do comportamento. De acordo com ela, isso poderá proporcionar “novas investigações para intervenções mais direcionadas, principalmente na área dos problemas alimentares” e abordagens multifatoriais para tratar essas condições. “Muitas vezes, essas condições não são consideradas um transtorno mental, mas estão extremamente relacionadas com condições psicológicas”, afirmou ela ao Jornal da USP.

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