Beldroega, cambuquira, capuchinha, coração de bananeira, feijão-guandu, folha de batata-doce, jaca verde, ora-pro-nóbis, peixinho, taioba e tupinambo. Esses são alguns exemplos de Panc, as plantas alimentícias não convencionais.
Provavelmente você não faz ideia de como preparar esses alimentos pouco explorados na culinária convencional, apesar de suas excelentes qualidades nutricionais.
Pois as pesquisadoras da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP Maria Bertolini e Gabriela Rigote acabam de publicar o livro digital “Receitas com Panc”, que pode ser baixado gratuitamente no site da instituição (acesse link abaixo).
A publicação traz 11 receitas simples com as Panc mencionadas na abertura deste texto. Além das receitas, o e-book também reúne informações sobre as plantas utilizadas. E aindaE, no fim, indica referências para quem deseja se aprofundar mais no assunto.
A publicação é um trabalho desenvolvido pelo Sustentarea, um núcleo de extensão da USP sobre alimentação sustentável, do qual Ana Maria e Gabriela são mentoras.
De acordo com elas, o objetivo do e-book é fortalecer a criação e a manutenção de um sistema alimentar mais sustentável, nutritivo e biodiverso. E o primeiro passo para isso, afirmam, é o modo como nos alimentamos. “O intuito é propiciar a aproximação das Panc no cotidiano dos indivíduos por meio de receitas simples com as espécies mais tradicionais, que podem parecer novidade, mas fizeram parte da infância e da formação de hábitos alimentares de muitas pessoas”, dizem elas no Jornal da USP.
Estima-se que no país há mais de 10 mil espécies de Pancs. Essas plantas costumam ser confundidas com mato, pois nascem espontaneamente em qualquer tipo de terreno. Além de seu sabor único, oferecem mais nutrientes que hortaliças mais conhecidas.
Muitos chefs renomados, como Alex Atala e Helena Rizzo, incorporaram as Pancs em seus cardápios.
A capuchinha, por exemplo, pode ser usada para elaboração de molho pesto para macarrão. Na receita, as pesquisadoras indicam bater no liquidificador azeite, suco de limão e as folhas e flores de capuchinha, já lavadas. Também são incluídos castanha-de-caju, queijo parmesão e alho, além de sal e pimenta-do-reino a gosto. Ao chegar numa consistência cremosa o molho está pronto.
Molho pesto com capuchinha?
Outra indicação é o uso de folhas de batata-doce, que possuem um sabor suave como o espinafre cozido. Mas elas devem ser cozidas antes do consumo, pois este processo diminui os níveis de oxalato, substância que prejudica a absorção de nutrientes. Tanto os pecíolos como as folhas podem incrementar saladas, sucos, farofas e sopas.
O suco verde com folha de batata-doce pode ser feito batendo no liquidificador duas maçãs, um pedaço pequeno de gengibre, quatro folhas de batata-doce branqueadas, meio limão (só o sumo), quatro folhas de hortelã e 200 ml de água de coco.
O ebook pode ser baixado neste link hospedado no Jornal da USP. https://jornal.usp.br/universidade/pesquisadores-da-usp-ensinam-como-usar-plantas-alimenticias-nao-convencionais-na-cozinha/
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