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Morte do “Hulk brasileiro” alerta para o uso indevido de substâncias proibidas como o Synthol

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A causa da morte ainda não está clara. No Boletim de Ocorrência registrado na Central de Polícia Judiciária de Ribeirão Preto (SP), consta como motivo para o óbito “causas naturais”. Fato é que a partida do influenciador digital Valdir Segato, conhecido como o ‘Hulk brasileiro’, comoveu seus seguidores e levantou um alerta: o perigo de injetar substâncias proibidas no corpo para, em tese, aumentar a massa muscular e parecer um fisiculturista.

Segato morreu na semana passada, em 26 de agosto, dia em que completava 55 anos, após se sentir mal. Ele ficou famoso por exibir vídeos do seu corpo, que tinha volumes gigantes, no Tik Tok, rede em que tinha 1,6 milhão de seguidores. Em 2016, o influenciador digital havia reconhecido, em uma entrevista ao diário britânico “Daily Mail”, injetar no próprio corpo Synthol, uma substância usada para expandir suas medidas. Mesmo tendo ciência dos perigos, dizia ter o sonho de ter bíceps com músculos de 68 centímetros de diâmetro.

Mas o “Hulk brasileiro” estava enganado. Mistura de óleo mineral, álcool e lidocaína, o Synthol não aumenta realmente a musculatura. O produto, injetado intramuscularmente, assemelha-se mais a um implante temporário e de ação imediata e traz consequências muito graves para quem a utiliza. Além de lesar nervos, pode ocasionar embolia pulmonar, oclusão da artéria pulmonar, infarto do miocárdio, complicações infecciosas e acidente vascular cerebral.

O médico do esporte e ortopedista Paulo Muzy condenou o uso do Synthol durante um episódio do “Ironberg Podcast” exibido em 2020, no Youtube. Durante o programa, um usuário entrou em contato pedindo ajuda para retirar do corpo a substância. “Você tem uma incompreensão do que é o fisiculturismo”, informou Muzy.

“Provavelmente, ele (o usuário) olhava para um sujeito musculoso e pensava ‘isso é um cara grande’. E, na verdade, isso que você está vendo (um físico extremamente aumentado por aplicação de óleo) é a interpretação dele quando ele via um Ronnie Coleman ou um Jay Cutler (fisiculturistas famosos). Muitas escolhas são tomadas nesta área do fitness por uma falta de compreensão do que é ser atleta”, comentou Muzy durante o episódio, que contou ainda com a presença dos fisiculturistas profissionais Renato Cariani e Júlio Balestrin.

História

Definido no mundo médico como doping cosmético, o uso de injeções sistemáticas de substâncias oleosas por via intramuscular teve início há algumas décadas e se espalhou pelo mundo. Este tipo de doping, de acordo com publicação da “Revista Brasileira de Medicina do Esporte”, é muito conhecido no mundo esportivo e na subcultura de atletas profissionais e recreacionais de culturismo e é estudado pela comunidade acadêmica e científica.

Segundo a publicação ligada à medicina do esporte, o uso de aplicações remonta aos anos 1960, após a criação de um produto terapêutico chamado Esiclene (Formebolone). Esteróide de baixa ação anabólica, o Esiclene passou a ser usado por culturistas para aumentar o volume de algum grupo muscular imediatamente antes de alguma competição, pois tem propriedades inflamatórias que proporcionam este aumento aparente e passageiro. Nos anos 1980, já era comum seu uso pelos culturistas europeus e americanos. Sua produção foi descontinuada e logo surgiu o Synthol, criado por um culturista nos anos 90 do século XX.

O uso do Synthol é extremamente desaconselhado por profissionais da saúde e do esporte. Para remover a substância do organismo, só através de cirurgia. Durante o procedimento, boa parte dela será retirada através de uma incisão. No entanto, existe grande possibilidade de que partes do músculo também sejam removidas ao mesmo tempo.

Acompanhamento médico

Um aumento significativo e natural das medidas do corpo pode ser conseguido, de forma segura, através do tratamento de hipertrofia muscular (https://drjeaneldin.com.br/2022/07/20/tratamento-hipertrofia/). O processo deve ter acompanhamento de um profissional. Ele engloba, além de treinamentos físicos específicos, a combinação com uma dieta que deve ser aliada a todo o procedimento, além de uma suplementação correta e até a medida certa do descanso.

De acordo com o nutrólogo Jean Eldin, o tratamento de hipertrofia muscular deve ser feito de uma forma ética, segura, com qualidade de vida e segurança para o paciente. Para isso, todo um planejamento é proposto de forma individual, com base em exames, para que se consiga atingir os resultados desejados.

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