Apesar de existirem 30 mil espécies vegetais com partes comestíveis, 90% do que alimentamos vêm de apenas 20 plantas. Elas são a plantas alimentícias não convencionais (PANCs) e, apesar de serem fáceis de encontrar, não são muito utilizadas na mesa do dia a dia do brasileiro.
Muitas dessas espécies produzem frutos comestíveis. Outras são hortaliças que nascem espontaneamente em campos agrícolas e canteiros, mas são vistas como ervas “daninhas”.
Em comum, muitas delas são considerados superalimentos por terem grande quantidade de nutrientes – como minerais, vitaminas e antioxidantes.
Resistentes, várias hortaliças espontâneas comestíveis toleram grandes variações climáticas e dispensam cuidados especiais. Um exemplo é o caruru, que tem folhas com propriedades semelhantes às do espinafre e sementes com 17,2% de proteínas.
Outra planta é a beldroega, rica em ômega-3 e nas vitamina B e C, além de ter propriedades antioxidantes. Um exemplo local é a Ora-pro-nóbis integra a culinária típica de Minas Gerais, mas é pouco conhecida em vários outros Estados.
Todos os anos, porém, muitos agricultores recorrem a herbicidas para destruir grandes quantidades de caruru e beldroega antes de substituí-las por espécies exóticas. E, em muitos casos, as novas espécies plantadas têm menos nutrientes que as anteriores, são mais sujeitas a pragas e são dependentes de fertilizantes, cujos preços também estão em alta.
Uma reportagem recente da BBC mostrou que, a cada ano, entre 60 e 70 milhões de toneladas do fruto mais rico em carotenoides do mundo amadurecem no Brasil, mas só uma ínfima parcela é aproveitada por humanos. A rede britânica de notícias cita como fonte o livro “Frutas comestíveis na Amazônia”, livro do botânico Paulo Bezerra Cavalcante, lançado em 2010.
A estimativa trata do buriti, fruto de uma palmeira abundante na Amazônia e no Cerrado, mas desprezado pela indústria alimentícia.
As propriedades antioxidantes do buriti ajudam a prevenir câncer e outras doenças. Versátil, ele pode ser consumido in natura ou transformado em farinha, doces e pães.
“Ainda assim, o fruto é uma das várias espécies alimentícias nativas do Brasil que têm perdido espaço em lares, restaurantes e mercados ao mesmo tempo em que a fome cresce e a comida encarece no país”, diz a BBC.
Neste infográfico, trazemos seis desses superalimentos desprezados no nosso país e suas informações nutricionais.
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