O azeite de oliva extra-virgem é um ingrediente indispensável na gastronomia e oferece diversos benefícios à saúde, de acordo com pesquisas. Ele é rico em gorduras saudáveis e antioxidantes, que ajudam a inibir os efeitos nocivos dos radicais livres e elementos oxidantes no organismo. Esses compostos são importantes na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer e até doenças neurodegenerativas.
No entanto, é importante estar ciente de que, embora o azeite tenha propriedades benéficas, ele também é calórico. Aproximadamente 100 ml de azeite de oliva contém cerca de 900 calorias. Isso significa que, mesmo sendo uma gordura saudável, o consumo deve ser moderado, especialmente se você está controlando a ingestão calórica. Usar o azeite com moderação é crucial para equilibrar a dieta, garantindo que você aproveite seus benefícios sem exceder a quantidade de calorias.
Na hora da compra, como garantir que você não está levando gato por lebre? Fraudes são comuns, como evidenciado por alertas de órgãos de fiscalização. Recentemente, em 21 de outubro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um aviso sobre a comercialização de 12 marcas de azeite de oliva desclassificadas por fraude. Você pode conferir a lista neste link.
Além disso, em setembro de 2023, o Mapa divulgou que 84% dos azeites rotulados como extravirgem não atendem a esse padrão, o que pode inclusive causar danos à saúde. Paulo Gustavo Celso, do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, alertou sobre a diferença entre azeite de oliva e óleo de bagaço de oliva, que muitas vezes é vendido como azeite de oliva virgem ou até extravirgem.
É fundamental que os consumidores saibam como avaliar as características de um azeite de qualidade. “Existem azeites de oliva virgem que são bons e não fazem mal à saúde. Um extravirgem traz benefícios, assim como os premium. É importante que as pessoas entendam que óleo de máquina também é óleo, mas não deve ser consumido. Essas análises visam explicar e combater essas práticas,” destacou.
Outro ponto importante mencionado é a atenção à data de validade. “O azeite é perecível e não melhora com o tempo,” alerta Celso.
A nutricionista Suélen Ramon Rosa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, reforça esses cuidados e oferece dicas valiosas:
Prefira embalagens em vidro escuro: Isso evita a oxidação do produto ao minimizar o contato com a luz.
Leia atentamente o rótulo: Certifique-se de não comprar azeites misturados com óleos vegetais, como o de soja.
Verifique a data de fabricação: Azeites mais novos têm maior probabilidade de manter suas propriedades benéficas. Alguns rótulos indicam o ano da safra das oliveiras, uma informação importante para avaliar a frescura do produto.
Azeites brasileiros: As melhores versões geralmente são produzidas e envasadas no Brasil, especialmente se forem de produção local. A ideia de que os importados são sempre melhores pode ser enganosa, já que o transporte pode comprometer suas propriedades.
Acidez: Para ser classificado como Azeite de Oliva Extra-Virgem, a acidez deve ser de até 0,8%. Entre 0,8% e 2% classifica-se como Azeite de Oliva Virgem (uma boa opção para cozinhar). Azeites com acidez acima de 2% são considerados Lampantes e precisam ser refinados para comercialização, não sendo recomendados para consumo.
O Ministério da Agricultura também oferece dicas para identificar possíveis fraudes:
- Desconfie de preços muito baixos: Preços abaixo da média podem indicar produtos de qualidade inferior.
- Verifique o registro da empresa no Mapa.
- Consulte a lista de produtos irregulares já apreendidos pelo ministério.
- Evite comprar azeite a granel.
- Fique atento à data de validade e aos ingredientes.
- Opte por produtos com a data de envase mais recente.
Quer saber mais sobre os tipos de azeite e suas indicações? Aqui estão os principais conceitos e diferenças entre eles.
1. Azeite de Oliva Extra-Virgem
- Definição: O mais puro e de melhor qualidade, extraído de azeitonas por métodos mecânicos, sem uso de produtos químicos.
- Acidez: Deve ter uma acidez inferior a 0,8%.
- Características: Aroma e sabor intensos, com alta quantidade de antioxidantes e compostos benéficos à saúde.
- Uso: Ideal para temperar saladas, finalizar pratos e em preparações que não envolvem altas temperaturas.
2. Azeite de Oliva Virgem
- Definição: Também é extraído por métodos mecânicos, mas pode ter algumas imperfeições no sabor.
- Acidez: Acidez entre 0,8% e 2%.
- Características: Sabor e aroma mais leves em comparação ao extra-virgem, mas ainda saudável.
- Uso: Bom para cozinhar e fritar, embora não tenha a mesma intensidade de sabor que o extra-virgem.
3. Azeite de Oliva Refinado
- Definição: Obtido a partir de azeites virgens que não atendem aos padrões de qualidade, refinados para remover impurezas e acidez.
- Acidez: Geralmente acima de 2%.
- Características: Sabor neutro e menos aroma, mas ainda é um óleo saudável.
- Uso: Comum em frituras e receitas que requerem calor alto, pois tem um ponto de fumaça mais alto.
4. Óleo de Bagaço de Azeite
- Definição: Produzido a partir da moagem das azeitonas restantes após a extração do azeite virgem.
- Características: Menos nutritivo e saboroso, geralmente tratado com produtos químicos para refinar.
- Uso: Não é recomendado para consumo direto, mas pode ser utilizado em preparações culinárias de baixo custo.
5. Misturas de Azeite
- Definição: Combina azeite de oliva com outros óleos vegetais, como óleo de soja ou canola.
- Características: Sabor e qualidade variam, mas geralmente inferior ao azeite de oliva puro.
- Uso: Usado em produtos comerciais e para frituras, mas não traz os mesmos benefícios à saúde que o azeite de oliva puro.
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