As mais de sete horas em que o Facebook, o Instagram e o WhatsApp ficaram fora do ar nesta segunda-feira, 4 de outubro de 2021, significam muito mais do que o prejuízo bilionário de
Mark Zuckerberg – sua fortuna diminuiu quase US$ 7 bilhões em poucas horas, fazendo-o descer um degrau na lista das pessoas mais ricas do mundo, segundo a Bloomberg. Definitivamente, o mercado não perdoa.
Mas o que a pane nas redes sociais mais usadas do mundo revela sobre a nossa saúde, especialmente a mental? Em primeiro lugar, a dependência dessas mídias no nosso cotidiano. Não é necessário se prolongar muito nas explicações sobre como a vida moderna está conectada às redes sociais. Afinal, quem não sabe, não é mesmo?
Quantas vezes você parou o que estava fazendo nesta segunda-feira para olhar as mensagens e aí lembrou que o Facebook, o Instagram e o WhatsApp estavam fora do ar?
No Brasil, sinais da interrupção já apareciam às 13h30 (horário de Brasilia). Os mesmos problemas foram identificados pelo Downdetector em outras grandes regiões metropolitanas globais, como Washington (EUA) e Paris (França).
A última vez que o Facebook teve uma interrupção dessa magnitude foi em 2019.
Nesta segunda-feira, a conta do Facebook no Twitter (rede social não pertencente ao grupo) pediu desculpas pelo problema: “À enorme comunidade de pessoas e negócios ao redor do mundo que dependem de nós: pedimos desculpas. Temos trabalhado duro para restabelecer o acesso aos nossos aplicativos e serviços, e estamos felizes em comunicar que eles estão voltando agora.”
O que vivemos neste dia 4 de outubro, mais precisamente como nos sentimos ao ficar longe dos nossos principais canais digitais por algumas horas, reflete uma mudança cultural significativa nos últimos anos. E global.
Para a maioria das pessoas, rolar por suas postagens e mensagens de mídia social é perfeitamente normal, embora consuma um pouco de tempo. Para algumas pessoas, no entanto, a mídia social se tornou um vício.
Porém, esses “alguns” já são muitos, e o número tem crescido. Estimativas do Influencer Marketing Hub mostram essa evolução ao longo dos últimos.
De acordo com um relatório de 2017 da Technology in Society, as estimativas sugerem que mais de 210 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de dependência de internet e mídia social. Permitindo o aumento acentuado no uso de mídia social desde 2017, Provavelmente há muito mais pessoas viciadas em digital agora. De acordo com o Aditivo Center, de 5 a 10% dos americanos atendem aos critérios de dependência de mídia social hoje.
Com a população dos EUA atualmente sendo de 333 milhões de pessoas, isso significa que agora poderia haver 16-33 milhões de pessoas viciadas em mídia social apenas nos Estados Unidos.
O vício em mídia social é comportamental. Caracteriza-se por uma preocupação excessiva em estar sempre online, uma necessidade incontrolável de fazer login. Os viciados em mídia social gastam tanto tempo em seus aplicativos a ponto de prejudicar outras áreas importantes da vida.
Plataformas como Facebook, Snapchat e Instagram produzem o mesmo circuito neural causado por jogos de azar e drogas recreativas.
Um fluxo constante de retuítes, curtidas e compartilhamentos afeta a área de recompensa do cérebro e desencadeia o mesmo tipo de reação química que outras drogas, como a cocaína.
Alguns neurocientistas compararam a interação da mídia social a uma seringa de dopamina sendo injetada diretamente no sistema.
A propósito, se você acha que pode estar sofrendo de dependência de mídia social, deve se perguntar as seis perguntas a seguir.
Se você responder “sim” a mais de três deles, você pode estar desenvolvendo um vício em mídia social.
– Você passa muito tempo pensando sobre mídia social ou planejando usá-la?
– Você sente necessidade de usar cada vez mais as redes sociais?
– Você usa as redes sociais para esquecer problemas pessoais?
– Você costuma tentar reduzir o uso das mídias sociais sem sucesso?
– Você fica inquieto ou preocupado se não consegue usar as redes sociais?
– Você usa tanto a mídia social que teve um impacto negativo em seu trabalho ou estudos?
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