Ansiedade e depressão: você sabe qual a diferença? São quadros de saúde mental bastante relacionados entre si, causando muitas vezes confusão nas pessoas sobre o que elas têm na verdade.
As duas condições são transtornos que têm aumentado substancialmente na população brasileira e mundial nos últimos anos, especialmente por conta de um estilo de vida frenético associado a uma alimentação pouco nutritiva e cheia de produtos ultraprocessados.
Se o problema já era grave, com a pandemia ficou ainda pior. Isoladas, com medo e muitas vezes sem emprego ou misturando vida pessoal e profissional no mesmo ambiente de casa, muitas pessoas literalmente surtaram.
Embora caminhem de mãos dadas, ansiedade e depressão são transtornos que têm causas, sintomas e tratamentos diferentes.
Mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Apenas o Brasil tem cerca de 11,5 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença.
E o brasileiro não é só deprimido, como também ansioso. Oito em casa dez têm algum sintoma de ansiedade, segundo o Ministério da Saúde, e nada menos do que 20 milhões de pessoas têm o transtorno.
Entenda as diferenças
Embora em alguns casos elas possam se confundir ou até se manifestar ao mesmo tempo, depressão e ansiedade são doenças diferentes.
Cada uma delas tem causas, sintomas e tratamentos específicos, e claro, as duas precisam de acompanhamento profissional.
Saber diferenciá-las é importante, especialmente quando uma pessoa próxima está sofrendo com uma delas ou ambas.
Entendendo o que é a depressão
Ao contrário do que muita gente pensa, a depressão não é uma doença do mundo contemporâneo. Na verdade, ela acompanha a humanidade ao longo de toda a sua história3 e até fatores genéticos podem aumentar a predisposição à doença. Na verdade, para muitas pessoas é difícil até chamar de doença quando não temos nenhuma evidência física ou exames que ajudem a diagnosticar. Porém a depressão pode ter manifestações físicas, sim, como causar uma série de alterações químicas no cérebro. O fato de não enxergarmos isso cientificamente não significa que essas alterações não estejam aí. Outros gatilhos podem estar associados a circunstâncias externas. Estresse, por exemplo, pode iniciar sintomas depressivos em uma pessoa já predisposta.
Há outras causas possíveis para a depressão, como desequilíbrios metabólicos ou hormonais, ambientes de competição constante, falta de afeto e empatia entre as pessoas.4 Indivíduos que enfrentam traumas na vida, como luto, desemprego ou doenças, também são mais propensos a desenvolver a condição.5 Portanto, é resultado de uma interação complexa entre fatores sociais, psicológicos e biológicos. Nada simples, não é mesmo? Podemos pensar nessa relação como uma teia: quando algo é mexido de um lado, toda a teia é balançada.
Os sintomas mais comuns da depressão são:
- Presença constante de pensamentos negativos;
- Sentimentos de culpa;
- Sensação de inutilidade;
- Baixa auto-estima;
- Tristeza;
- Diminuição do prazer e do ânimo para atividades cotidianas
É comum achar que a depressão é apenas uma tristeza mais profunda, algo que alguém pode “desligar” com pensamentos e atitudes positivas. Mas enquanto a tristeza é passageira, a depressão é duradoura. Para o indivíduo depressivo, tudo é mais difícil, incômodo e sofrido.
Você conhece alguém que mostra os sintomas da lista há mais de duas semanas? Se sim, fique atento, pois é possível ele ou ela esteja deprimido(a).
Entendendo o que é ansiedade
Sabe aquele friozinho na barriga que dá na hora de encontrar alguém que te atrai? Ou o medo de tirar nota baixa antes de uma prova? Isso é ansiedade, um sentimento que todo mundo tem de vez em quando, e que normalmente não é prejudicial.
Mas a ansiedade pode virar uma doença quando ocorre com muita frequência ou vem muito forte, prejudicando tanto a saúde mental como o funcionamento do corpo. Nesses casos, os médicos classificam esse tipo de ansiedade turbinada como um transtorno de saúde mental. Geralmente, ele se manifesta pelos seguintes sintomas6:
- Preocupações, tensões ou medos exagerados, sem a capacidade de relaxar;
- Sensação contínua de que algo ruim vai acontecer;
- Medo extremo de algum objeto ou situação;
- Medo exagerado de ser humilhado publicamente;
- Falta de controle sobre os pensamentos ou atitudes;
- Pavor depois de uma situação muito difícil.
Quem sofre com o transtorno de ansiedade tem muita dificuldade para realizar tarefas específicas, como falar em público. Diante da perspectiva de ter que fazer algo assim, o coração dispara, o corpo treme e a respiração fica irregular.
A ansiedade pode ser tão forte que chega a incapacitar a pessoa de fazer suas tarefas cotidianas, o que prejudica sua vida em todos os sentidos.
Diferença entre ansiedade e depressão
É bem comum que uma pessoa depressiva também possa estar ansiosa e vice-versa.2 Por isso, fazer esse diagnóstico e diferenciar uma da outra é uma tarefa complexa, que precisa levar em conta história familiar, experiências passadas e o ambiente no qual o paciente vive.4
Depois de analisar todos esses fatores, o médico indica o tratamento mais adequado. Nos dois casos, a primeira recomendação costuma ser medicação junto com psicoterapia.
Entretanto, indivíduos depressivos são mais propensos a precisar de remédios do que os ansiosos, porque a terapia ajuda, mas não consegue prevenir novos episódios e nem cura a depressão.
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1 Comentário
ola bom dia
eu sou Marcia tenho ansiedade a dor falta do ar quero mim dei concelhia pra com isso nao consigo porfavor ajuda !