Mesmo após três anos do início da pandemia de Covid-19 no Brasil, a imunização através da vacina deve continuar. Ela é a única proteção capaz de impedir as formas graves da doença e complicações que podem levar à morte. Lançado na última segunda-feira (27) pelo Ministério da Saúde, o novo Movimento Nacional pela Vacinação, está distribuindo, além das doses monovalentes para início ou continuidade do esquema vacinal, a novas vacinas bivalentes para os grupos prioritários.
Mas o que são as vacinas bivalentes?
As vacinas bivalentes são as chamadas segunda geração do imunizante, isto é, são aquelas que possuem em sua composição a cepa original e subvariantes da Ômicron. Para isso, usa-se a tecnologia do mRNA com dois códigos genéticos. Diferentemente das imunizações tradicionais, que usavam uma versão morta do vírus para que o corpo pudesse produzir anticorpos, as vacinas de mRNA são uma inovação na forma de fabricar imunizantes.
O mRNA tem a função de carregar as informações necessárias para a síntese proteica. Os ribossomos captam os dados (organelas que, entre outras funções, sintetiza, proteínas dentro das células). A partir disso, o corpo é capaz de produzir uma proteína específica, a proteína S, usada pelo vírus para invadir as células saudáveis.
Assim, os anticorpos e linfócitos T, que fazem parte do sistema imunológico, podem aprender essa informação para combater a proteína de um vírus real. Portanto, é possível imunizar uma pessoa sem que o corpo tenha contato com o vírus, usando apenas um código genético.
Portanto, as bivalentes são mais eficazes para as novas variantes e as que surgirem. Tanto as bivalentes quanto as monovalentes, agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos e células de defesa contra o vírus Sars-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade.
Aplicação das vacinas bivalentes
As vacinas serão aplicadas nos grupos prioritários que já receberam pelo menos duas doses monovalentes prévias (vacinas originais). Inicialmente, a vacinação será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Na primeira etapa, a campanha atuará na vacinação de idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas e quilombolas.
Em seguida, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população carcerária.
É importante reforçar que, para quem faz parte do público-alvo, é necessário ter completado o ciclo vacinal com os imunizantes monovalentes para, então, receber a dose de reforço bivalente, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida.
Existe algum efeito adverso das bivalentes?
Da mesma forma que os imunizantes já disponíveis, a vacina bivalente também pode causar efeitos adversos. O mais comum é que o local da vacina fique dolorido ou que a pessoa vacinada sinta febre ou dores musculares. O Ministério da Saúde garante que os efeitos não são preocupantes.
E as monovalentes?
As vacinas monovalentes continuarão a aplicação para o início ou continuidade do esquema vacinal. As duas primeiras doses da vacina, e também a aplicação do reforço.
Quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar gratuitamente. Ela não precisa estar no grupo prioritário.
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