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Estudo compara cérebro de idosos ativos e inativos e conclui: atividade física faz bem e preserva cognição

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Que a atividade física regular faz bem, e muito, para a saúde, já não é mais segredo pra ninguém há muito tempo. Mas, agora, uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo agrega mais um motivo para se fazer exercícios de forma rotineira, principalmente para a população na faixa etária mais velha: a prática não só melhora a capacidade cardiorrespiratória, promove o fortalecimento muscular e previne doenças associadas ao sedentarismo, mas também faz bem ao cérebro dos idosos. 

Realizada com 45 pessoas com idade entre 60 e 65 anos, a investigação apontou que  aqueles participantes que se mantinham ativos apresentaram um maior volume cerebral em comparação aos sedentários. “Quando a redução do volume cerebral é maior que o esperado para a idade, esta condição está associada à perda cognitiva e à demência”, explica Lucas Melo Neves em entrevista a Ivanir Ferreira, do Jornal da USP. Ele é o autor da pesquisa de doutorado defendida na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP. 

De acordo com reportagem do Jornal da USP, um maior volume cerebral está associado a um melhor desempenho cognitivo, ou seja, processamento de informações, raciocínio, atenção e memória. A medição da massa encefálica é feita em centímetro cúbicos, porque trata-se de uma medida dos exames de ressonância magnética, um dos instrumentos utilizados para estimar o volume do cérebro e diagnosticar problemas de cognição e doenças como o Alzheimer e acidente vascular cerebral (AVC).

Mais atividades físicas, mais saúde mental

Durante o estudo, aqueles voluntários que, ao longo de suas rotinas diárias, acumularam tempo igual ou maior que 150 minutos de atividade física por semana, apresentaram uma diferença significativa no volume intracraniano em 48 das 71 áreas cerebrais analisadas. Uma das áreas impactadas foi o lobo frontal, responsável pela elaboração do pensamento, planejamento, programação de necessidades individuais e emoção. A diferença dessa região foi em torno de 8%.

De acordo com Lucas Neves, “o auge do desempenho biológico do cérebro acontece por volta dos 20/30 anos, mas, aos 60, as pessoas já tiveram redução significativa do cérebro. A partir dos 60 anos, a cada década, há uma redução em torno de 5% do volume cerebral”, afirmou ao portal da universidade paulista. 

“Os resultados da pesquisa sugerem que o tempo de prática de atividade física seja uma ferramenta importante para mitigar o declínio do volume cerebral e para preservar a cognição durante o processo de envelhecimento”, relata Carlos Ugrinowitsch orientador da pesquisa e professor do Laboratório de Adaptação ao Treinamento de Força, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP. De acordo com o estudo, o exercício físico regular aumenta o fluxo sanguíneo para a cabeça e estimula o crescimento de novas células cerebrais e as conexões entre elas, resultando em cérebros mais eficientes, maleáveis e adaptáveis.

O autor do estudo diferencia também o exercício e atividade física. Segundo Lucas Neves, o exercício se refere à prática planejada, estruturada e acompanhada ou não por um profissional de educação física, como musculação, natação, hidroginástica, pular corda etc. Já a atividade física é qualquer movimento corporal que resulte em gasto energético, como varrer a casa, cuidar do jardim, subir ou descer escadas, levar o cachorro para passear, caminhar para pegar transporte público. É nesta situação que se encaixam os idosos ativos da pesquisa.

Dito isso, vale ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que, para manter-se saudável, um idoso deve praticar, por semana, 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios intensos.

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