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Vacinas salvam 3 milhões de vidas por ano sem levar em conta a pandemia, diz OMS

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As vacinas salvam cerca de 3 milhões de vidas todos os anos, de acordo com estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a pandemia do novo coronavírus, o poder das vacinas ficou ainda mais evidente. 

Basta observar que países que estão mais avançados na imunização começaram antes a reverter as medidas de restrição adotadas na pandemia, embora todo cuidado ainda seja pouco.

No entanto, longe da lembrança de como era a vida antes de doenças como sarampo e poliomielite, e em meio a mitos e fake news espalhados pela internet mundo afora, as pessoas tem subestimado a proteção das vacinas. Com isso, o número de pessoas que se vacinam ou levam os filhos para se vacinar tem diminuído nos últimos anos.

De acordo com alerta da OMS, é uma decisão que não tem apenas impacto individual, mas também coletivo – o que explica a queda na cobertura vacinal ser vista como uma ameaça global.

A vacinação só funciona plenamente quando quase todo mundo está vacinado. A maior parte das doenças requer uma cobertura vacinal de 90%-95% da população. Isso permite, por exemplo, que os bebês cheguem em segurança à idade de cada vacina. 

Queda na vacinação fez sarampo voltar no Brasil

Um exemplo: o Brasil mantinha, há décadas, uma cobertura vacinal de quase 100% contra o sarampo. Chegou até a receber um certificado de país livre da doença há apenas cinco anos.

Mas, em 2017, a vacinação despencou. A partir do ano seguinte, o país voltou a ter casos, dezenas de milhares ao ano, inclusive com mortes. Entre as vítimas, bebês jovens demais para se vacinarem, vítimas da volta da circulação do vírus. Era dessa ameaça que falava a OMS.

Mauro Gomes, pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa – USP, explica que a importância coletiva das vacinas pode ser mais ou menos significativa de acordo com a doença.

“Para Covid-19 impacta muito, para influenza também, porque são doenças que, quando a gente evita pegar, cria uma barreira à transmissão”, explica. Mas mesmo no caso de doenças que não passam de pessoa para pessoa há benefícios coletivos em uma boa cobertura vacinal.

“Em relação à vacina da pneumonia, por exemplo, que não é algo que passa de pessoa para pessoa, impacta no serviço de atendimento médico. Quanto menos recursos estão sendo usados para uma doença que pode ser prevenida com vacina, mais recursos estão disponíveis para outros atendimentos”. Isso é importante sempre, mas especialmente durante a pandemia.

Com a pandemia do coronavírus, tudo foi exacerbado: por um lado, a necessidade e urgência das vacinas, por outro, a desinformação sobre elas. Por sorte, foi impulsionado também o desenvolvimento científico. 

Com investimento, colaboração e séculos de domínio sobre o funcionamento das vacinas, a humanidade produziu imunizantes em tempo recorde, cumprindo todas as etapas e até mesmo desenvolvendo novas tecnologias que podem abrir as portas para vacinas que até hoje não existiam.

“De forma alguma a gente deve associar a rapidez com que elas chegaram à população com interrupção ou encurtamento de etapas de análise de segurança. O que se tem que levar em consideração é que hoje existe uma inovação muito grande na área da saúde, novas tecnologias estão disponíveis. O que a gente observou nas diferentes plataformas foi um foco, uma força-tarefa, muito sustentada na área de inovação em saúde, na área de biotecnologia, que possibilitou que novas vacinas chegassem à população de forma mais breve. O que houve foi, sim, um ganho muito grande do ponto de vista tecnológico”.

Dr. Mauro lembra que a “segurança da vacina na população se observa em seis meses. Se não teve efeito adverso, não vai ter a longo prazo. A vacina é um veículo para estimular a imunidade do próprio organismo. Não fica no seu corpo. Ela estimula ou não estimula”.

As vacinas são um recurso de saúde seguro, e nós sabemos disso na prática. Entre o nascimento e os 9 anos de idade, o brasileiro que cumprir seu calendário vacinal terá tomado dezesseis vacinas, algumas delas para várias doenças simultaneamente, em múltiplas doses e reforços. É assim há muitos anos, e, na teoria e na pele, sabemos que funciona.

Não é diferente com as vacinas contra a Covid-19. Até agora, mais de 1,5 bilhão de pessoas no mundo já tomou alguma dose das vacinas aprovadas contra a Covid-19, na maior campanha de vacinação da história da humanidade. 

São 176 países vacinando suas populações e desenvolvendo logísticas que permitem uma taxa de vacinação diária que hoje chega a 25 milhões de doses – mas que segue subindo. 

Essa enormidade de inoculações também gera uma quantidade de dados sem precedentes sobre as vacinas. E os resultados, que seguem sendo acompanhados de perto, são muito positivos. Seguras e eficazes, é essencial que elas sejam tomadas por todos assim que possível

Crédito da foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasil

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