Entenda a ação dos desreguladores endócrinos
Ganho de peso ou dificuldade de emagrecer, hipotireoidismo, câncer, alergias, puberdade precoce e até infertilidade. Esses são apenas alguns exemplos dos estragos que os chamados “disruptores endócrinos (EDCs)” provocam na saúde humana.
Os EDCs são substancias químicas que imitam, bloqueiam ou interferem no funcionamento dos hormônios naturais do corpo. A nossa exposição a esses agentes nocivos está diretamente ligada ao estilo de vida moderno, no qual os produtos industrializados, os pesticidas e o plástico estão profundamente incorporados.
Alguns exemplos comuns de DEs incluem o DDT, o bisfenol A (BPA) e ftalatos, utilizados em produtos infantis, produtos de higiene pessoal e em recipientes para alimentos, além de estarem presentes em retardadores de chamas utilizados em móveis e pavimentos. Suspeita-se também da existência de inúmeros DEs ou de substâncias químicas que nunca foram testadas.
A exposição a essas substâncias pode ocorrer em casa, no escritório, no campo, no ar que respiramos, nos alimentos que comemos e na água que bebemos.
“Acredita-se que a crescente produção e utilização de produtos químicos esteja relacionada com a maior incidência de doenças endócrinas pediátricas nos últimos 20 anos, incluindo problemas reprodutivos masculinos (criptorquidia, hipospádia, câncer testicular), puberdade feminina precoce, leucemia, câncer cerebral e distúrbios neurocomportamentais”, alerta a Endocrino Society, que reúne os maiores pesquisadores de endocrinologia do mundo.
Para você entender, hormônios são substâncias químicas naturais produzidas nas células dentro das glândulas endócrinas localizadas em todo o corpo. Os hormônios regulam a resposta do organismo às diferentes exigências nutricionais (por exemplo, fome, inanição, obesidade etc.), que são essenciais para a função reprodutora e para o desenvolvimento normal do corpo e do cérebro.
Em outras palavras, define a Endocrine Society, os hormônios desempenham um papel importante na qualidade de vida, e muitos são absolutamente essenciais para nossa sobrevivência. Portanto, “os DEs constituem um problema global e onipresente”.
