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Como a atividade física melhora eficiência das vacinas contra Covid-19

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Estudos já mostraram que pessoas que praticam alguma atividade física periodicamente têm menor risco de desenvolver estágios mais graves de Covid-19. Fazer exercícios, portanto, se tornou uma medida importante de prevenção, ao lado de manter distanciamento social, usar máscara, higienizar das mãos e se vacinar.

Uma nova pesquisa divulgada recentemente vai além ao vincular a prática regular de atividade física a um melhor resultado das vacinas. Ou seja, produção de um maior número de anticorpos após a vacinação.

Publicada em abril na revista Sports Med, a pesquisa reuniu pesquisadores de universidades inglesas, escocesas, belgas e espanholas e acompanhou mais de 500 mil pessoas.

Vamos às conclusões: praticar 30 minutos de atividade física cinco dias por semana reduz em 31% o risco de adquirir infecções fora do ambiente hospitalar, e em 37% do risco de adoecer e morrer de doenças infecciosas.

Em 35 ensaios clínicos a atividade física regular resultou em níveis elevados de imunoglobulina IgA, anticorpo que reveste a membrana mucosa dos nossos pulmões e outras partes do nosso corpo onde os vírus e bactérias podem entrar.

A atividade física regular também aumenta o número de células T CD4, responsáveis por alertar o sistema imunológico de um ataque, bem como regular a sua resposta.

Nos ensaios clínicos, as vacinas parecem mais eficazes se forem administradas após um plano de atividade física. Uma pessoa que é fisicamente ativa tem 50% maior probabilidade de ter uma contagem de anticorpos mais alta após a vacina.

Para que os benefícios da atividade física sejam sentidos no dia a dia, é preciso ter critérios e, principalmente, consistência na rotina.

Lembre-se: a atividade física melhora outras condições metabólicas, como obesidade e diabetes, que diminuem a resposta vacinal.
Além disso, minimiza o risco de doenças endócrinas, que diminuem a resposta vacinal. Diversas condições endócrinas podem ser consideradas como estados de imunossupressão. Isso significa que o sistema de defesa não funciona como deveria.

Veja algumas orientações importantes:

  • Fazer exercício regularmente equivale a uma frequência de pelo menos três vezes por semana, com o ideal chegando a cinco vezes;
  • O tempo adequado varia por pessoa e seu condicionamento físico, devendo ser de pelo menos 30 minutos;
  • O ideal é alcançar um mínimo de 150 minutos semanais, mas de preferência 300 minutos semanais;
  • Após quatro semanas nesse ritmo, os efeitos dessa atividade no sistema imunológico comecem a ser percebidos;
  • Cuidado com os extremos: fique atento à sua forma terapêutica e saiba que o equilíbrio é de fundamental importância;
  • Assim como pessoas que fazem pouca atividade física ou são sedentárias têm maior risco de infecção, aquelas que se exercitam em excesso também podem ter uma maior risco de infecção.

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