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Endometriose: dieta adequada pode auxiliar na prevenção ou alívio dos sintomas

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A endometriose, doença que acomete 6,5 milhões de mulheres no Brasil, ganhou repercussão nas últimas semanas depois que a cantora Anitta revelou ter recebido um diagnóstico e que passará por cirurgia. O dado sobre a ocorrência entre brasileiras, segundo a Agência Brasil, faz parte de um levantamento feito em 2020 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). No mundo, são 176 milhões de casos.

Estudos existentes no exterior sobre nutrição e endometriose sugerem que a dieta é um fator que pode influenciar na doença. De acordo com artigo publicado no portal PubMed, frutas e vegetais, óleos de peixe, laticínios ricos em cálcio e vitamina D e ácidos graxos ômega-3 provavelmente estão relacionados a um menor risco de desenvolver o distúrbio.

Já os fatores que aumentam o risco do problema, segundo a pesquisa, realizada por cientistas poloneses, incluem o consumo de produtos ricos em ácidos graxos trans-insaturados, consumo de gorduras em geral, de carne bovina e outros tipos de carne vermelha e álcool.

A escolha dos alimentos corretos também pode levar também à amenização dos sintomas, de acordo com os relatórios. É um processo mais longo, mas que pode trazer alívio enquanto não se encontra uma solução definitiva para o quadro. Veja abaixo, algumas indicações. E lembre-se de sempre procurar orientações com um nutrólogo ou nutricionista.

Na busca desse alívio, é importante, antes de tudo, seguir uma dieta anti-inflamatória ao lidar com a endometriose. Alimentos que levam à inflamação do corpo, como laticínios, ultraprocessados, açúcares refinados, cafeína e carboidratos devem, em princípio, ser eliminados por pelo menos três semanas.

Álcool, soja e outros ricos em estrogênio também devem ser retirados da rotina. Um teste de alergia também pode ser benéfico para descobrir quais alimentos levam à inflamação no corpo.

Confira abaixo alimentos saudáveis e que podem auxiliar no combate à doença:

Vegetais verdes e frutas frescas – Estudo publicado na “Human Reproduction” aponta redução significativa no risco de desenvolver endometriose em mulheres que consomem esses alimentos.

Magnésio – Ajuda a acalmar o útero e reduzir a dor. É encontrado nas sementes de abóbora, sementes de girassol, feijão preto, abacate, amêndoas, bananas, acelga e espinafre.

Ferro – Repõe a perda da substância no corpo causada pelo excesso de sangramento. É encontrado no fígado, bife, feijão marinho, feijão preto, espinafre, gema de ovo, ameixas, alcachofras e couve.

Ômega-3 – Reduz a inflamação, alivia dores articulares e musculares e regula a produção de hormônios. Pode ser achado na linhaça, sementes de chia, nozes, salmão, truta, atum, sardinha, anchova e cavala à sua dieta.

Fibras – Ajuda a diminuir a constipação intestinal. Alimentos ricos na substância são a quinoa, legumes, arroz integral, frutas vermelhas, coco, figos, alcachofras, ervilhas, quiabo, bico de Bruxelas, nabos e abóbora.

Entenda a endometriose

O ginecologista e obstetra Mario Martinez, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), descreveu a endometriose à Agência Brasil. Acontece, segundo ele, quando o tecido interno do útero, chamado endométrio, fica fora da cavidade uterina. O crescimento desse tecido pode atingir regiões como o “ligamento uterossacro, septo reto-vaginal, pode caminhar em direção ao intestino e, às vezes, também pegar a parte anterior do útero, atingindo a bexiga”.

Dores fortes em cólica no período menstrual (dismenorreia), até mesmo com dores incapacitantes, são alguns dos sintomas mais comuns. Também são comuns dores nas relações sexuais (dispareunia). “Pode levar ainda a quadros de infertilidade feminina. A mulher não consegue engravidar porque, quando ela tem endometriose profunda no compartimento posterior do útero, leva a fatores peritoneais que provocam uma falha de implantação do embrião no endométrio”, acrescenta Martinez.

O médico defende que a doença seja sempre investigada quando relatos como este chegarem aos consultórios. “Se não for, você vai tratar como cólica menstrual, mas se ela relata cólica, na minha opinião, já merece uma investigação. Se você não pensar em endometriose, você não faz diagnóstico, uma vez que o ultrassom comum não pega”, explica. Segundo Martinez, isso ocorre porque a endometriose é uma lesão plana. Os exames para o diagnóstico são ultrassom transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética.

Uma parte do tratamento envolve o bloqueio hormonal dos ovários, fazendo com que a mulher pare de menstruar. “Quando você tira o fator de produção de hormônio da mulher, que seria estrogênio, com medicações antiestrogênicas, você acaba fazendo com que a endometriose diminua e, às vezes, até suma, em algumas situações”, aponta.

Se a doença estiver muito avançada, o tratamento é inicialmente cirúrgico e depois hormonal. “Você faz a cirurgia de retirada dos tecidos endometrióticos e depois promove um bloqueio para que não retorne. A doença pode se tornar crônica, então se você não bloqueia ela pode voltar.”

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