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Quer desfrutar dos benefícios da ora-pro-nóbis? Consuma in natura

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Tradição alimentar, sobretudo nos estados de Goiás e Minas Gerais, a ora-pro-nóbis é uma folhinha abundante em proteínas e vitaminas. Parte do grupo de plantas alimentícias não-convencionais (PANCs), como a serralha, beldroega-miúda e beldroegão, ela vem ganhando destaque na gastronomia. Vide o famoso franguinho com ora-pro-nóbis. Mas não só. Além de ser rica em magnésio, zinco e vitamina C, essenciais para a saúde, as propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes deste vegetal foram destacadas em estudo da ONG WWF Brasil. No entanto, ela deve ser consumida fresca, in natura.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, no início de abril, a comercialização, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso de suplementos alimentares contendo ora-pro-nóbis. De acordo com a Agência Brasil, a resolução, publicada no Diário Oficial da União, determina ainda o recolhimento dos produtos.

Em nota, a Anvisa informou que a decisão foi adotada porque a planta, de nome científico Pereskia aculeata, não é autorizada como constituinte para suplementos alimentares.

“Para um ingrediente específico ser autorizado como suplemento alimentar, é necessário que ele passe por uma avaliação de segurança e eficácia”, destacou a agência no comunicado.

Isso significa que empresas interessadas em comercializar o produto devem comprovar, de forma científica, que ele é fonte de algum nutriente ou substância de relevância para o corpo humano. “Suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não podem alegar efeitos terapêuticos como tratamento, prevenção ou cura de doenças. Os suplementos são destinados a pessoas saudáveis. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação.”A medida, segundo a Anvisa, não afeta o consumo ou a comercialização da planta fresca. Versátil, a ora-pro-nóbis pode ser usada para fazer geléia, suco, licor e mousse. As folhas novas podem ser consumidas em saladas. Se forem mais velhas, a recomendação da ONG WWX Brasil é comê-las refogadas.

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