O efeito inédito na perda de peso tem aumentado a demanda global pela semaglutida. A substância é o princípio ativo do Ozempic, caneta de aplicação subcutânea para controle do apetite que vem se popularizando a cada dia no Brasil e no mundo. Mas entidades de saúde alertam para produtos falsificados que têm sido inseridos no mercado e dão dicas para o consumidor ficar atento. Vale ressaltar também que todo o tratamento com semaglutida deve ter acompanhamento médico

Em junho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a advertir para o aumento de falsificações. De acordo com informações da Agência Brasil, o alerta engloba três lotes falsificados do Ozempic identificados no país, no Reino Unido e na Irlanda do Norte, em outubro de 2023, e nos Estados Unidos, em dezembro de 2023.

“A OMS tem observado um aumento da procura desses medicamentos, bem como de relatos de falsificação. Esses produtos falsificados podem ter efeitos nocivos para a saúde das pessoas. Se não tiverem as matérias-primas necessárias, medicamentos falsificados podem levar a complicações de saúde resultantes de níveis de glicose no sangue e peso não controlados, informa a entidade.

“Em outros casos, algum ingrediente ativo não declarado pode estar contido no dispositivo de injeção, levando a uma gama imprevisível de riscos ou complicações para a saúde”, completa a nota divulgada.

Precaução

Para se protegerem de medicamentos falsificados e de seus efeitos nocivos, pacientes que utilizam esse tipo de medicação, segundo a OMS, devem tomar medidas como comprar o produto com receita médica de profissionais licenciados e evitar fontes desconhecidas ou não verificadas, como as que podem ser encontradas online.

“As pessoas devem sempre verificar a embalagem e o prazo de validade dos medicamentos no momento da compra e utilizá-los conforme prescrito. No caso de semaglutidas injetáveis, os pacientes devem garantir seu armazenamento na geladeira”, informa a organização, que destaca ainda que notificações sobre medicamentos falsificados podem ser enviadas à OMS pelo e-mail rapidalert@who.int .

Risco para o paciente

Em nota divulgada em outubro de 2023, a Novo Nordisk, empresa farmacêutica dinamarquesa que produz o Ozempic, afirmou que segue investigando e denunciando todos os casos de falsificação de que tem conhecimento às autoridades, de acordo com as legislações aplicáveis.

E destaca que as canetas falsificadas podem ser identificadas pelo indicador de escala e pelo seletor de dose, que diferem dos produtos originais. A companhia adverte que o conteúdo das canetas falsificadas é totalmente diferente dos produtos verdadeiros e não deve ser utilizado, pois representa um risco para a saúde do paciente.

Fica a dica

Segundo a farmacêutica, é recomendável que pacientes sempre comprem seus medicamentos apenas em farmácias devidamente licenciadas e que cumpram com todos os requerimentos sanitários exigidos pela Anvisa. E dá dicas. Na hora da compra, o usuário deve desconfiar:

• De sites e canais não licenciados pela Anvisa para comercialização de medicamentos e que usam os nomes das marcas e/ou adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos;
• Da embalagem do medicamento visivelmente alterada, em idioma estrangeiro, com aparência farmacêutica (apresentação) diferente da registrada e com informações incorretas sobre o produto – Ozempic® é vendido apenas em canetas pré-preenchidas injetáveis;
• De preços muito abaixo dos aprovados pelo governo.

A nota informa ainda que, em caso de dúvidas sobre os pontos de vendas ou mesmo sobre o medicamento adquirido, os pacientes podem acessar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Novo Nordisk Brasil, disponível em nosso website www.novonordisk.com.br na seção Fale Conosco.