Pesquisas revelam: a obesidade é um problema crônico no país. Dados da pesquisa “Vigitel 2021”, realizada pelo Ministério da Saúde e divulgada em abril deste ano, apontam que quase 6 em cada 10 brasileiros (57,25%) estavam com sobrepeso em 2021. Quando somados os números de pessoas atingidas pelo sobrepeso e obesidade, 8 em cada 10 brasileiros acabam sofrendo de um desses males.
Mas como enfrentar e combater esse problema? A prevenção sempre é o melhor caminho. Ela deve ser iniciada ainda na infância, mas sempre é tempo de adotar hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas e a manutenção de uma alimentação equilibrada baseada no Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.
No entanto, se o sobrepeso já é uma realidade, buscar um tratamento individual e personalizado pode ajudar o indivíduo a voltar à forma ideal ou não evoluir para graus mais altos da doença. A obesidade pode se dar em diversos níveis e é uma das principais causas de hipertensão arterial, diabetes, aumentos nos níveis de colesterol, síndrome metabólica, além de outras enfermidades.
De acordo com o médico nutrólogo Jean Eldin, esta é uma questão grave e vai muito além da força de vontade para emagrecer. “Muitas vezes achamos que a obesidade se dá apenas por que que a pessoa não consegue, não tem força de vontade, mas, não! É uma doença, é algo sério. E pode se dar pela falta de algum hormônio ou vitamina, por alguma deficiência no organismo”.
Emagrecer com saúde
Procurar um profissional pode ser de grande valia para se emagrecer com segurança e qualidade de vida. Baseado em exames e em uma completa avaliação do histórico do indivíduo, um médico terá condições de indicar caminhos, tratamentos e traçar metas em conjunto para o alcance de um melhor resultado.
O primeiro passo é a realização de uma lista de exames, que serão avaliados juntamente com o paciente. Serão analisadas a função hormonal, os níveis de vitaminas, os níveis de minerais, enfim, como está toda a parte estrutural e fisiológica do indivíduo.
“Com esses exames, pode-se verificar como está a função tireoidiana, a função dos hormônios da testosterona, como está a leptina, um hormônio muito importante, que regula a saciedade”, indica Eldin. A avaliação completa das análises sanguíneas vai permitir o apontamento de cada substância em falta naquele organismo e sua reposição correta.
Importância de uma análise médica
Após os exames, deverá ser feita uma anamnese, uma longa avaliação do histórico do paciente, que informará suas dores, queixas e quais são seus propósitos. “Assim, pode-se caminhar juntamente com a meta de cada pessoa. Cada um tem um objetivo, então, terá também um tratamento específico e é assim que vamos trabalhar”, informa o nutrólogo.
Com uma anamnese bem detalhada em mãos, é hora de fazer um exame de bioimpedância, um procedimento relativamente simples, mas que traz muita informação. Para realizá-lo, o paciente deve fazer um jejum de duas horas de sólidos e líquidos e ir com roupas leves.
O aparelho de bioimpedância irá identificar os níveis de gordura, músculo e água no corpo do indivíduo. Ao verificar essas porcentagens, é possível verificar como está o metabolismo desse paciente e seu percentual de gordura. É possível ver também a distribuição de massa magra, músculo, massa gorda e onde ela se localiza, se nos membros superiores ou inferiores.
“Esse exame serve para direcionar o tratamento, ajudar o paciente a ter uma melhor performance, um melhor emagrecimento, é a partir dele que cada um vai realmente enxergar seu objetivo”, afirma. “Muitas vezes a pessoa quer fazer uma atividade aeróbica, mas tem uma massa muscular muito baixa. Muitos não gostam de fazer musculação, mas têm os membros inferiores mais baixos… Enfim, vamos direcionar qual atividade se deve praticar, a que será melhor para cada caso”.
“Baseado na avaliação de exame por exame, mostra-se qual o nosso objetivo de tratamento”, informa Eldin. “É importante identificar como o corpo desse paciente está funcionando de dentro pra fora. A partir daí, serão criadas metas, protocolos, receitas de suplementos, vitaminas, minerais, fazendo, se for preciso, reposição hormonal, e direcionando o melhor tratamento que seja para o corpo dele, para a fisiologia deste paciente”, conclui o médico.
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