Estudo acompanhou grupo por 16 semanas antes e depois do isolamento
Uma pesquisa da Escola de Educação Física e Esporte da USP de Ribeirão Preto mostrou como a falta de atividade física durante o isolamento social traz prejuízos à saúde. A pesquisa coletou informações de um grupo de 34 mulheres, antes e depois do isolamento, com idades entre 50 e 70 anos.
Os resultados indicaram redução da capacidade cardiorrespiratória e da força muscular, aumento dos níveis de insulina, triglicérides e hemoglobina glicada, indicando altos valores de açúcar no sangue por períodos prolongados. Um dos coordenadores do trabalho, o professor Carlos Roberto Bueno Júnior, diz que a pesquisa mostra a necessidade da prática de atividades físicas mesmo durante a pandemia.
As 16 semanas de isolamento social, argumenta o professor, “foram responsáveis por 83% de redução do nível de atividade física no tempo livre”. Com os resultados associados às mudanças negativas na saúde das participantes do estudo, Bueno Júnior recomenda que as pessoas invistam em alternativas para continuarem ativas neste período.
A professora Ellen Cristini de Freitas, colega de Bueno Júnior na USP de Ribeirão Preto, conta que a pesquisa acompanhou 34 mulheres fisicamente inativas, que foram recrutadas e avaliadas entre janeiro e fevereiro de 2020.
Na primeira fase do estudo, os pesquisadores analisaram porcentagem de gordura, índice de massa corporal, pressão arterial, nível de atividade física em diferentes contextos, alimentação, força muscular, capacidade cardiorrespiratória, parâmetros sanguíneos, perfil lipídico e hemograma completo. Ao final das 16 semanas de distanciamento social, entre junho e julho, as participantes foram novamente submetidas aos mesmos exames.
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