No dia 7 de abril deste ano, uma notícia científica ganhou destaque nos principais jornais mundiais. Pesquisadores anunciaram ter conseguido reverter o envelhecimento nas células da pele humana em 30 anos.

Eles fazem ter desenvolvido um método para rejuvenescer células da pele humana em três décadas – mais do que os métodos de reprogramação anteriores, rebobinando o relógio do envelhecimento sem que as células percam sua função.

De acordo com o estudo, em experimentos que simularam uma ferida na pele, as células parcialmente rejuvenescidas mostraram sinais de se comportarem como células mais jovens.

Os cientistas sugerem que, enquanto em seus estágios iniciais, as descobertas podem revolucionar a medicina regenerativa, especialmente se puder ser replicada em outros tipos de células.

No estudo, o professor Wolf Reik, líder de grupo no programa de pesquisa Epigenética e atualmente coordenador do Altos Labs Cambridge Institute, disse:

“Eventualmente, poderemos identificar genes que rejuvenescem sem reprogramação e direcioná-los especificamente para reduzir os efeitos do envelhecimento”. E prosseguiu: “Esta abordagem promete descobertas valiosas que podem abrir um incrível horizonte terapêutico”.

Dr Diljeet Gill, pesquisador de pós-doutorado no laboratório do Prof Reik no Instituto Babraham, que conduziu o trabalho como estudante de doutorado, disse: “Nossos resultados representam um grande passo à frente em nossa compreensão da reprogramação celular”.

“Nós provamos que as células podem ser rejuvenescidas sem perder sua função e que o rejuvenescimento parece restaurar alguma função das células velhas.

“O fato de também termos visto uma reversão dos indicadores de envelhecimento em genes associados a doenças é particularmente promissor para o futuro deste trabalho”.

À medida que as pessoas envelhecem, a capacidade de funcionamento de suas células diminui e o genoma – DNA blueprint – acumula marcas de envelhecimento.

A biologia regenerativa visa reparar ou substituir células, incluindo as antigas.